sábado, 23 de novembro de 2019

par

fala muito e não diz nada
mas ao mesmo tempo fala tudo
sem precisar dizer nada
e eu mudo fico atento
querendo não mudar e o tempo
constrói o seu ser pra mim
que vem a ser sempre o mesmo
assim
uma viagem sem fim

cada vogal tem um nome
um raio próprio e uma cor
como ensina Arthur Rimbaud
(ele que fala que eu e o mundo
os dois vemos e viemos
de Ômega) o sol violeta do cosmos
do azul
profundo
dos teus olhos

Nenhum comentário:

Postar um comentário